
O que deve saber sobre crédito consolidado
É cada vez mais caro viver em Portugal. Com a subida de taxas de juro nos créditos ao consumo e créditos à habitação, muitas famílias têm vindo a sentir-se a sufocar com todas as despesas mensais com casa, alimentação, transportes e aquecimento.
Com a chegada da época natalícia, este é um cenário que terá tendência a agravar-se e, sem fim à vista para o aumento da inflação, surge a necessidade de procurar soluções para a situação financeira atual.
O governo tem vindo a lançar medidas com o objetivo de fomentar a cooperação entre a banca e os clientes na procura de soluções que deem resposta às possíveis situações de incumprimento, no entanto, os clientes podem espoletar o processo de análise da sua situação de crédito autonomamente.
Perante conjeturas financeiras como a que se coloca atualmente, termos como ‘crédito consolidado’ são cada vez mais pesquisados. Para o ajudar a compreender tudo o que precisa de saber acerca desta forma de crédito e como poderá utilizá-la para conseguir poupar mensalmente, iremos partilhar todos os pormenores neste guia.
Crédito Consolidado: Em que consiste?
Ao longo da vida vamos contraindo créditos para dar resposta a diferentes necessidades, levando a que ao fim de algum tempo, tenhamos acumulado vários créditos – todos com prestações mensais distintas afetas a taxas de juro diferentes e ainda, com prazos de maturidade incomparáveis.
De forma prática, isto significa que o cliente tem uma série de gastos mensais com créditos quando poderia ter apenas um. E é aqui que entra a consolidação de créditos.
Consolidar ou juntar créditos, como também é conhecida esta prática, consiste em colocar todos os seus créditos no mesmo bolo, ou seja, passa a ter apenas um crédito, afeto a apenas uma prestação e com uma maturidade (prazo de pagamento) única.
Poderá estar a perguntar-se “como é que isso leva à poupança?” e a resposta é simples: a redução da mensalidade acontece pois passa a sua dívida para uma entidade bancária única (aquela que escolhe para consolidar os créditos), conseguindo uma “renegociação” das condições deste crédito único. Adicionalmente, também o prazo de pagamento é alargado, levando a que o montante em dívida se reparta por um maior período de maturidade, baixando assim os custos mensais.
Como funciona a consolidação?
Obter crédito consolidado é um processo simples e vantajoso se souber quais os passos a tomar. A primeira coisa a saber é que não precisa de realizar a consolidação na mesma instituição bancária onde já possui os seus créditos atuais.
Várias entidades oferecem a opção de consolidação pelo que é relativamente simples encontrar alguma que lhe agrade dentro do que o mercado possui.
O que acontece é que a entidade onde assume o crédito consolidado irá saldar a sua dívida junto dos seus credores iniciais e, desta forma, passar a cobrar-lhe apenas uma prestação mensal a si.
Ao optar por consolidar, irá iniciar-se um novo processo de crédito, onde o seu historial de dívida será analisado por forma a ajustar a oferta às suas necessidades exatas, oferecendo-lhe melhores condições do que as que possuía antes:
- Taxa de juro mais reduzida;
- Mensalidade mais baixa;
- Novo prazo de maturidade do crédito podendo ir até aos 120 meses (apenas algumas instituições bancárias oferecem crédito consolidado 120 meses);
De que necessita para avançar com a consolidação?
Como referido, o processo de consolidação de créditos é relativamente simples e pouco burocrático, no entanto, tal como todos os processos bancários, tem algumas exigências que devem ser cumpridas pelos clientes. Estes requisitos assentam sobre o cliente e sobre os próprios créditos a consolidar.
Quanto ao cliente, deve inserir-se no seguinte perfil:
- Estar numa situação profissional estável;
- Declarar rendimentos em Portugal;
- Idade máxima de 80 anos;
- Não se encontrar em situação de incumprimento com a banca;
- Os créditos que possui devem ter um valor total superior a 5.000€;
Quanto aos créditos, estes são os que são elegíveis para consolidação, são os seguintes:
- Crédito Pessoal;
- Crédito Automóvel;
- Crédito à Habitação;
- Cartão de Crédito;
Deve contudo ter presente que créditos que tenham sido renegociados forçosamente pela entidade bancária são excluídos de um cenário de consolidação, no entanto, se a renegociação tiver acontecido por vontade do cliente, podem ser considerados para junção.
Consolidar Crédito Pessoal e Crédito à Habitação
Ainda que seja mais comum consolidar créditos ao consumo, como mencionado no ponto anterior, o crédito à habitação também é elegível para consolidação, ou seja, pode juntá-lo com um crédito pessoal, por exemplo.
Ao contrário do que possa ser a crença de muitos, o facto de se tratar de um crédito à habitação não torna o processo de junção mais moroso ou burocrático pois a entidade bancária que escolher para a consolidação, estará já familiarizada com a tarefa.
Ao optar por juntar estas duas formas de crédito, é importante manter em mente que a hipoteca do imóvel passará a incidir sobre o crédito consolidado da mesma forma que incidia sobre o crédito à habitação.
De forma geral, partilhámos neste guia tudo o que deverá ter em linha de conta ao iniciar um pedido de simulação para a consolidação dos seus créditos.
Mantenha em mente que o seu grande objetivo passa por reduzir a sua prestação mensal pelo que deverá analisar cuidadosamente todos os fatores presentes em cada proposta que receba – só assim conseguirá fazer o negócio mais vantajoso para si.
E claro, pode sempre recorrer a um intermediário de crédito como a MAXFINANCE Valor para o apoiar em todas as etapas do seu processo.
Fonte: https://www.dinheirovivo.pt/financas-pessoais/guia-completo-o-que-deve-saber-sobre-credito-consolidado-15487762.html