
Aumento das taxas de juro: conselhos para apoiar consumidores
Os bancos estão obrigados, por lei, a acompanhar, de forma permanente e sistemática, o cumprimento dos contratos dos consumidores e a realizar as diligências necessárias para detetar eventuais indícios de risco de incumprimento.
O Banco Central Europeu anunciou na passada quinta-feira, dia 8 de setembro, pela segunda vez consecutiva, o aumento das taxas de juro de referência na zona Euro. O aumento de 0,75% pontos base nas taxas de juro é um valor histórico.
Os consumidores, que desde o início o ano se debatiam com o impacto do aumento do custo de vida, enfrentarão dificuldades acrescidas no cumprimento dos seus compromissos financeiros.
Preocupada com a instabilidade financeira das famílias, a DECO quer estar ao seu lado, informando-as e aconselhando-as na gestão dos seus orçamentos e no cumprimento de todos os encargos.
Destacamos alguns conselhos para apoiar os consumidores neste período difícil, em que é fundamental pensar e repensar o orçamento familiar, avaliar cuidadosamente rendimentos e despesas e proceder a reajustes nos comportamentos de consumo.
Rever as suas condições e informar das suas dificuldades
Os bancos estão obrigados, por lei, a acompanhar, de forma permanente e sistemática, o cumprimento dos contratos dos consumidores e a realizar as diligências necessárias para detetar eventuais indícios de risco de incumprimento.
Caso detetem sinais de risco de incumprimento, por exemplo a existência de incumprimento em outros empréstimos reportados na central de responsabilidades de crédito do Banco de Portugal, ou perante o alerta do próprio consumidor para situações de risco, como desemprego ou doença, o banco deve integrá-lo no Plano de Ação para o Risco de Incumprimento e avaliar se o mesmo tem capacidade financeira para evitar o possível incumprimento.
Promover e avaliar soluções
O banco deve analisar a capacidade financeira do consumidor e promover a implementação de soluções que permitam a manutenção do pagamento regular do empréstimo. Estas soluções podem passar pela negociação das condições do contrato, pelo refinanciamento ou pela consolidação.
Participar ativamente e de forma transparente
O consumidor deve participar ativamente no processo de análise da sua capacidade financeira, enviando toda a documentação solicitada e prestando todos os esclarecimentos necessários para o bom desenvolvimento de soluções.
Qualquer informação ou solução deverá ser apresentada em suporte duradouro e resultar sempre de um acordo entre o consumidor e a instituição.
Fonte: https://jornaleconomico.pt/noticias/aumento-das-taxas-de-juro-conselhos-para-apoiar-consumidores-934932