
Novo crédito à habitação subiu 34% em 2021 para 15.270 milhões
Só em dezembro os bancos concederam 1.458 milhões, o segundo valor mais alto do ano, apenas superado em setembro (1.464 milhões).
São muitos os portugueses que continuam a recorrer aos bancos em busca de crédito habitação, sendo esta a solução encontrada por muitas pessoas para comprar casa. Os bancos, por seu turno, continuam a mostrar ter capacidade e disponibilidade para emprestar dinheiro, tal como demonstram os dados mais recentes do Banco de Portugal (BdP). Em 2021, a concessão de novo crédito habitação subiu 34% face a 2020 para 15.270 milhões de euros. Só em dezembro os bancos concederam 1.458 milhões de euros em novos financiamentos, um valor que nos últimos anos – desde fevereiro de 2008 – apenas foi superado em setembro de 2021 (1.464 milhões de euros).
“Em 2021, os bancos concederam 21.966 milhões de euros de novos empréstimos aos particulares: 15.270 milhões de euros para habitação, 4.442 milhões de euros para consumo e 2.254 milhões de euros para outros fins, mais 34%, 10%, e 2% do que em 2020, respetivamente”, lê-se na nota divulgada esta quinta-feira (3 de fevereiro de 2021) pelo BdP.
Novos empréstimos aos particulares para habitação

Significa isto que, em 2021, a concessão de novo crédito habitação subiu 34% face a 2020, tendo aumentado de 11.389 milhões de euros para 15.270 milhões de euros.
Só em dezembro de 2021 os bancos concederam 1.458 milhões de euros em novos financiamentos, mais que no mês anterior (1.285 milhões de euros) e no período homólogo (1.203 milhões de euros). Um montante que só é ultrapassado, nos últimos anos, pelo valor emprestado em setembro do ano passado: 1.464 milhões de euros. Este é, ainda assim, o terceiro valor mais elevado desde janeiro de 2008, mês e que o novo crédito habitação se fixou e 1.522 milhões de euros.
Taxas de juro em mínimos históricos
No que diz respeito às taxas de juro, o BdP adianta que, em dezembro de 2021, “enquanto a taxa de juro média dos novos empréstimos ao consumo subiu para 7,47%, na habitação manteve-se em 0,83%”. “Ambas as taxas são superiores às registadas em dezembro de 2020 (6,96% e 0,80%, respetivamente)”, refere o regulador e supervisor.
Segundo a entidade liderada por Mário Centeno, ex-ministro das Finanças, em 2021, as taxas de juro de novos empréstimos à habitação e de novos depósitos de particulares estão em mínimos históricos.
Fonte: https://www.idealista.pt/news/financas/credito-a-habitacao/2022/02/04/50821-novo-credito-a-habitacao-subiu-34-em-2021-para-15-270-milhoes